Espaços

22 de abr. de 2010

Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu caminho


Em uma bonita manhã de sol (depois de muitas nuvens), o vento me trouxe a realidade de que todo mundo está mudando/mudado. Recebi um email, não se triste ou alegre, amistoso ou de afronta, de uma pessoa muito importate para mim, e dúvidas brotaram em minha mente (extremamente) fértil. Entre as dúvidas, em sentimento cruel (que eu já não sentia há tempo) me correu por todo o corpo: SAUDADE.

Senti saudade, saudade "duída", de quando tínhamos certeza ao dizer "companheiro é companheiro e filho-da-*** é filho-da-***".

Saudade de quando feio era feio, nonito era bonito, santo era santo e profano NUNCA seria santo; sem mais ou menos, nem menos nem mais.

Hoje não sei mais quem é quem nem quem pensa o que sobre alguma coisa...

As coisas se misturaram como a velocidade da luz. Hoje você pode correr o risco de sentar-se ao lado de uma pessoa que veste uma capa limpa e está fedendo por dentro, mas que NUNCA vai perder a cara de "boa moça"/"bom moço".

Saudade de quando rir não era cinismo nem ironia e cusiodidade não significava inveja.
Todos os dias eu descubro uma máscara diferente em pessoas diferentes (e iguais!). A Rede Globo está perdendo muito talento. (!!!)

Saudade de quando para ser cristão, cristão de verdade, não bastava frequentar uma certa igreja aos domingos ou ir aqui e ali com um grupo de jovens que se reunem semanalmente (tipo célula).

De quando os cristãos não se escondiam atrás de grupos socriais e aproveitavam para "aprontar". E os jovens cristãos eram sedentos pela verdade buscando sempre algo novo, não estavam na igreja só porque "thi's cool".

Te pergunto: de que adianta estampar na internet fotos e frase com os "amigos crentes", fazer uso quase que constante de frases que citem o nome do Senhor Jesus e de Deus e no "mundo real" ser uma pessoa mentirosa, crual, lasciva e enganadora?

Amigos que não te deixam falar, pessoas que não querem te ouvir. Todos estão atrás de sua própria fortuna, querem levantar seus próprios castelos (ministérios, igrejas, famílias, células, grupos de dança, bandas, carreiras profissionais, e por aí vai).

Saudade de quando amor de pai, mão, amigo (a), namorado (a) ou vizinho era puro e simplesmente AMOR. Sem querer levar vantagem ou aprisionar.

Saudade de ser apenas mais um "latino-americano com pouco dinheiro no banco" e muitas histórias boas para contar...

3 comentários:

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  2. Silvana Coutinho26 abril, 2010

    Querida, também sinto saudades parecidas com as suas. Sei que os avanços, as tecnologias, o celular, a internet, trouxeram coisas boas, mas, sinceramente, nem tão boas assim...

    Estava conversando com seu pai e ele falava: kd os joelhos ralados? kd os braços quebrados?(não que quebrar braço seja bom, mas o motivo que levava a quebrar...hum, bão dimais...) kd que os meninos não trepam mais em árvores com seus 13 ou 14 anos, mas querem trepar noutras coisas, nem um pouco apropriadas? Quer ver mais? Antes se vc estava em casa vc atendia o telefone, se não estava não atendia. Não dava prá mentir. Hj, vc não atende se ver que é aquele/a chato, ou vc mente que está no Japão, mas está do ladinho de quem te ligou. O que vejo é que as pessoas ainda não estão maduras para receber os avanços, assim como não estão maduras para os "nãos", os "adeuses" ou críticas. Infelizmente, estamos desenvolvendo uma cultura de faz-de-conta: vc faz de conta que é crente e eu faço de conta que acredito.
    Mas, devemos orar pelos que ainda não cresceram, não acordaram, e pedir a Deus que os ensine, antes que seja tarde.
    Conte eternamente comigo e entregue a Deus aquilo que não pode consertar/conservar/conseguir.
    Amo e admiro vc.

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  3. hipocrisia eh fingir ser algo que vc naum eh...

    pow... acho que teve gente chorando qdo leu o que vc escreveu ae aninha!

    tem mais gente fedendo do nosso lado do que podemos imaginar

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